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Curiosidades espanholas – Parte 2

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Continuando o post anterior, mais umas coisinhas que acho curiosas por aqui ;)

1. “Poner bote”

Essa particularidade tá diretamente relacionada a outro hábito: o de salir de tapas, ou seja, ir de bar em bar pra comer tapas (pequenas porções de comida). “Poner bote” é tipo fazer uma cotinha/vaquinha pra pagar a comida e a bebida de todos durante a noite. Acho que isso não é comum em todo o país e tampouco se faz sempre por aqui, mas acho uma prática interessante :) Cada um dá a mesma quantidade de dinheiro ao chegar no primeiro bar e alguém fica responsável por pagar as contas. Assim, o processo todo é muito mais fácil, já que não é preciso esperar que cada integrante do grupo fique contando moedas pra pagar o seu (os valores costumam ser pequenos em cada parada, e muitos bares aceitam que paguemos por separado), nem que o garçom tenha que dar mil trocos. Fácil pro cliente, fácil pro bar.

Além da praticidade, acho a coisa toda especial porque dá uma espécie de sentido de união ao grupo... A cada parada, todo mundo bebe e come aproximadamente a mesma quantidade, o que envolve tomar decisões em conjunto :) E no fim das contas parece até que o dinheiro rendeu mais. O fator psicológico é interessante: no meio da noite, você já esqueceu que pagou e a impressão é que tá comendo de graça, já que não tem que ficar sempre pegando a carteira ;)

Muito mais fácil "poner bote" do que cada um pagar separadamente por seu pincho de tortilla ou o que for, né?

Muito mais fácil “poner bote” do que cada um pagar separadamente por seu pincho de tortilla ou o que for, né?

2. Mão na bunda 

Acho engraçado que os brasileiros sempre levem a fama de promíscuos (acho que eu deveria tar escrevendo isso no feminino, já que machismo é o que não falta nesse mundo), apesar de termos mais pudor, digamos assim, com muitas coisas. Geral se impressiona quando eu digo que não é nada comum fazer topless no nosso querido país tropical, por exemplo. Mas o que eu acho mais engraçado é que pelas bandas de cá aparentemente é muito de boa pegar na bunda da namorada, seja onde for. Não só apertar, mas também andar segurando, como se fosse a mão dela. Nem cômodo isso é, gente. A mulher vai andando, a bunda se mexendo e o cara fazendo o maior esforço pra deixar a mão parada ali. Mas enfim… cada um com seu cada qual, né? :P

3. Contando com tracinhos 

Essa é um detalhe, mas acho curioso :P Adoro aquela cena de Bastardos Inglórios em que o falso soldado alemão se entrega sem querer, fazendo o número 3 com a mão do mesmo jeito que a gente faz, com os três dedos do meio – porque na Alemanha o normal é usar o dedão, indicador e dedo do meio (mals pelo spoiler!). Algo parecido acontece com o jeito de anotar quantidades crescentes, tipo quando você tá marcando pontos num jogo.

Num bar de tapas que frequento, quando vamos em grupo anotamos num post-it o que vamos pedir. Daí que eu anotei as quantidades de cañas, vinos e tapas do jeito brasileiro, que vai fazendo um quadrado e depois faz um x no meio. E quem disse que o povo entendia o que eu queria dizer com aquilo? É que aqui (e em outras partes desse hemisfério) o normal é anotar fazendo pauzinhos um do lado do outro, estilo teste psicotécnico. Chegando em 4 pauzinhos, o 5º é feito cruzando todos, na horizontal ou diagonal. A lógica é a mesma, mas acho mais fácil de visualizar (e mais bonitinho) o nosso jeitinho. Hehe

Por hoje é só, mas ainda vai ter a parte 3 do post. Tem alguma sugestão pra acrescentar? Grita aí! (Ou no Facebook ^^).


Filed under: curiosidades, Valladolid

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